DEFENSORIA PÚBLICA CONSEGUE TRANSFERÊNCIA DE BEBÊ PARA HOSPITAL DE SÃO PAULO

07/01/2016 07/01/2016 14:53 449 visualizações

No último dia 31 de dezembro, a paciente Julia Gabrielly da Silva, de apenas 5 meses, foi transferida do Hospital Municipal da Criança de Guarulhos para o Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, onde deve se submeter a uma cirurgia no coração. Mas, para que isto acontecesse, a Defensoria Pública teve que atuar solicitando, inclusive, a decretação da prisão do diretor do Hospital por descumprimento de uma ordem judicial que já havia determinado a transferência da criança.
Julia Gabrielly estava internada desde o dia 31 de outubro e precisava ser transferida para um hospital com melhor estrutura para seu quadro de saúde. Havia uma decisão judicial determinando a transferência da criança. A mãe, Maria Gabriela da Silva, disse que o hospital inicialmente alegou que a menina estava com uma bactéria e que não poderia fazer a transferência e, mesmo após apresentar condições favoráveis, segundo declarou a mãe à Defensoria, a transferência não ocorria.
O Defensor Público, Luiz Eduardo de Toledo Coelho, responsável pelo atendimento, então, pediu fosse decretada a prisão do diretor do hospital por desobediência de ordem judicial, assim como reiterou a necessidade da transferência da criança para a realização da cirurgia, assinalando que o laudo emitido no dia 29 de dezembro não trazia dados que indicassem quaisquer obstáculos de ordem médica à sua efetivação. O Defensor ainda solicitou fosse realizada uma inspeção judicial, se necessário fosse, para que fossem apuradas as causas que impossibilitavam a remoção da criança até o momento e, se o caso, acompanhá-la.
Segundo o Defensor, o caso havia se tornado um jogo de empurra entre o Estado e o município. “Tanto o município, quanto o Estado já tem consciência deste problema. O que aconteceu é que o município não tem condição de fazer a cirurgia e vai remeter para o Estado. Aí fica um jogo de empurra, o Estado fala que tem a vaga, mas não tem a criança. A situação estava caótica”, disse.
A menina, que sofre de uma cardiopatia congênita, deve agora receber os tratamentos necessários
Fonte: Guarulhos Web e Rede Record